Não foi possível evitar!

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Acordei com o firme propósito de não incluir no Blog absolutamente nada a respeito da vitória por 2 a 1, do Flamengo sobre o Botafogo, na decisão da Taça Guanabara, no último domingo. Afinal de contas, todos os jornais, televisões, rádios e sites do Brasil acompanharam a decisão. Porém, a insistência de muitos amigos botafoguenses chorosos do resultado fez com que este coração rubro-negro se manifestasse.

A proximidade com a entrega do Oscar – realizada na noite de domingo, horas após a vitória – me levou a sugerir que fosse criado uma premiação especial para o Canastrão de Plantão. Com o todo o respeito ao alvi-negro, clube de coração do meu saudoso pai, vou premiar o presidente Bebeto de Freitas. Pelo amor de Deus, o que foi aquilo no vestiário após o jogo? Hoje, arrependido, o homem disse que poderá ficar, mas quer tirar uma licença.

A insistência da maioria dos botafoguenses, claro, é a respeito do pênalti de Ferrero sobre o zagueiro Fábio Luciano. Há duas coisas distintas a respeito que merecem observação: a primeira é que foi pênalti mesmo, indicutivelmente. Um quase arrancou a camisa do outro; a segunda é está na hora de o futebol brasileiro evoluir e os jogadores pararem com aquele agarra-agarra dentro da área.

Nessa coisa toda me salta uma declaração do técnico Cuca: “…isso ocorre em qualquer lugar”. Esse é o problema. E estava faltando um árbitro que tivesse coragem de marcar pênalti, ainda mais em uma decisão. Acreditem, se fosse contra o Flamengo manteria a minha posição. Assim como acredito e defendo que é preciso acabar com esse cai-cai dos jogadores a fim de ludibriar o árbitro e penso que Jorge Henrique, por seguidas tentativas e Léo Moura, em cuja “malandragem” o juiz embarcou, deveriam ter recebido cartão amarelo.

Quando escrevo sobre futebol sou imparcial, mesmo analisando vitórias, derrotas; resultados positivos ou não do Flamengo. No futuro, quem está chegando aqui pela primeira vez, verá. Assim, a expulsão de Souza foi mais do que justa, mas a de Zé Carlos, do Botafogo, não. Quem deveria ter ido para o chuveiro mais cedo – até na opinião de Botafoguenses – era o destemperado e debochado goleiro uruguaio Castillo.

A respeito do jogo, vale uma olhada na análise do meu amigo Marco Aureh, flamenguista de primeira, ator, diretor, músico, cantor e compositor que estará com seu novo show no dia 27 de fevereiro, no Memória do Rio, na Lapa.

PSICOLOGIA

Acho que esse episódio deve ser availado com mais profundidade. O Botafogo – clube e torcida – precisa acordar para alguns fatos que vêm ocorrendo nos últimos anos e, se não o fizer, corre o risco de continuar descendo ladeira abaixo.

É um clube de tradição que tem muitas conquistas, a maioria num passado mais distante, mas que mantém um ego muito pronunciado e deveria reconhecer sua atual condição (falo nas duas últimas décadas): disputa com o Fluminense a terceira colocação em “conquistas” no Rio, sobretudo as nacionais.

De 1988 para cá, o Flamengo venceu sete campeonatos carioca, o Vasco seis, o Botafogo quatro e o Fluminense dois. Outro detalhe: O Vasco foi sete vezes vice; o Flamengo seis; o Fluminense três e o Botafogo uma vez. É pra refletir.

O JOGO

Não houve “roubo”, como a maioria dos botafoguenses acusam. O árbitro marcou uma penalidade que a maioria dos juízes não marca, mas a regra é clara: “puxou a camisa é falta”, e ela quase foi arrancada; se não deslocou, se não impediu o salto, isso é muito vago. Visualmente e em cima do lance, o “agarrão” ficou nítido.

EXPULSÃO

No calor da discussão, expulsou um de cada lado. É como nas “duras”: tá na área, tá no rolo, vai preso, mesmo que inocente, mesmo que ingênuo, mesmo que de “gaiato”. E como um amigo bem colocou, a expulsão do Lúcio Flávio foi correta.

MÉRITO

O Flamengo não precisa de ajuda, os números do campeonato mostram isso: uma única derrota com o time reserva, quando já era e permaneceu líder do grupo. A verdade é clara: Flamengo, merecidadamente, bi-campeão.

(Foto: Vito Diniz)

Órgão do mar

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Essa veio por intermédio do Luiz Santoro, que recebeu do Valverde. Interessantíssimo.

Na costa de Zadar, na Croácia, cidade duramente castigada durante a Segunda Guerra Mundial, encontra-se o originalíssimo Órgão do Mar, feito com degraus cravados em rochas, que têm em seu interior um interessante sistema de tubulações que, quando pressionadas pelos movimentos do mar, forçam o ar e, dependendo do tamanho e velocidade da onda, criam notas musicais e sons aleatórios.

Criado em 2005 e ganhador do prêmio europeu para espaços públicos (European Prize for Urban Public Space), o Órgão do Mar recebe turistas de várias partes do mundo que vão em busca de sua música original que traz muita paz.

O lugar também é conhecido por oferecer um belo pôr-do-sol, o que agrada ainda mais as pessoas que visitam a localidade. A criação do Órgão é uma iniciativa para devolver um pouco do que o lugar perdeu, com tanta destruição e sofrimento.

Veja abaixo a estrutura interna das “escadas”. As lacunas no concreto servem para o Órgão “respirar” e também para gerar os sons nas tubulações, por meio da energia das ondas.

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Na internet existem vários links onde os sons podem ser ouvidos. Este, no YouTube, é um deles: clique aqui.

De volta!

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Peço mil desculpas aos nossos queridos leitores pelo sumiço, mas ele foi motivado por muito trabalho e por coisas que precisavam ser resolvidas nestes 16 dias de ausência aqui do nosso espaço. Agradeço aos que, durante o período, persistiram na busca por algum novo post. Foram, ao todo, 441 acessos, numa média de 27,56 acessos por dia.

Em 16 dias acontece muita coisa e nesse período, por exemplo, Fidel Castro renunciou ao comando de Cuba. Aqui mais próximo de nós, mas nem tanto, Marcelo Antunes e Marcos Martinelli deixaram Pacajá e chegaram em Altamira, no Pará. Só devem sair de lá na terça-feira por conta de um problema no carro. Vocês podem acompahar a quantas anda a expedição da dupla indo no blog deles, bem mais atualizado que o nosso.

Para ilustrar este post “roubei duas fotos, que também pode ser vistas lá. Uma é do Marcos e do Busão. A outra de um monumento em Altamira.

Sobre os e-mails e sugestões recebidas desde o Carnaval, mas que ainda não havia conseguido responder, informo que aos poucos colocarei em dia minhas “obrigações” de blogueiro. Agradeço as sugestões e colaborações, especialmente ao Ronald Broner, que busca as melhores e piores coisas que circulam pela internet; ao Juca Bala, com seus comentários e observações políticas; aos vários leitores e amigos, que têm me incentivado a escrever um pouco sobre culinária e alguns projetos, no momento adormecidos; ao convite feito pela turma do Camel Trouphy – Brasil para a próxima expedição e cujo link também está na nossa lista de Blogs interessantes e a outro convite muito especial feito pelo paulista mais carioca que já conheci, o Cláudio Telles, apaixonado por charutos e outras pequenas indulgências, para o X Festival del Habano, em Cuba.

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Também não poderia esquecer do excelente Luiz Santoro, uma das vozes mais marcantes do Brasil (quem não se lembra dele apresentando o telejornal da extinta TV Machete?) que repassa ótimas colaborações de vários outros amigos e filtra as melhores. Todas são muito boas, mas ainda não é possível postar na mesma proporção em que ele as envia. O homem trabalha como um louco. O doublê de excelente médico e – tão bom quanto -, vereador, coisa rara nesse Brasil imenso e discrepante, Márcio Muniz, foi outro que entrou no rol dos colaboradores e sua primeira dica é excelente, especialmente para aqueles (nós) que já passamos dos 30 e estamos a caminho de virar o Cabo da Boa Esperança: Rádio Good Times, no ar 24 horas por dia com música de qualidade.

Enfim, esta é, por enquanto, minha lista de agradecimentos e desculpas por tanto tempo sem postar algo de novo aqui no Blog.

Problema ou solução?

677971_cellphone.jpgEstá circulando pela internet um e-mail cuja autoria seria da Cruz Vermelha, com o seguinte teor:

“As equipes de emergência médica se deram conta de que, muito freqüentemente, nos acidentes em rodovias, os feridos portam consigo um telefone celular. No entanto, na hora de os médicos fazerem uso para comunicar algum parente, não sabem com quem contatar entre a longa lista de números.”

Quem dá a dica é o super-gente-boa Ronald Broner, oftalmologista dos melhores que hoje está residindo no Sul do Brasil. Prossegue a mensagem:

“Assim, lançam-nos a idéia de que todos adicionem em sua agenda do telefone celular um número da pessoa a ser contatada, em caso de acidente, sob a expressão A Em emergência (o “A” é para que apareça sempre em primeiro lugar na lista). É algo simples, não custa nada e poderia nos ajudar demais.”

Parece uma ótima idéia, entretanto, no Brasil pode ser mais uma isca para armadilhas da bandidagem. Vale lembrar que as forças da área de segurança pública recomendam não gravar números de telefones com indicativos de parentesco (pai, mãe, filho (a) e por aí vai), nem com as expressões “residência”, “trabalho” ou similares, a fim de dificultar a ação de gente com má intenção.

A proposta é ótima para um país civilizado. No entanto, ilustro este post com um caso ocorrido há alguns anos com um amigo, cujo filho saiu para uma festa. No trajeto entre a Barra da Tijuca e Niterói ele parou para abastecer a moto, momento em que provavelmente perdeu o celular, encontrado por um “esperto” interessado em arrumar “um qualquer” sem muito esforço.

De posse do aparelho o bandido verificou a agenda e encontrou nela, sem muita dificuldade, o telefone do PAI – gravado desta forma. Foi só ligar exigindo “resgate” pelo suposto seqüestro relâmpago. Entre 23 horas, momento da primeira ligação e uma hora da manhã do dia seguinte, momento em que o filho se deu conta que havia perdido o aparelho e telefonou para casa avisando, pais e parentes se mobilizaram para conseguir o valor exigido.

O caso não teve conseqüências mais graves, mas o susto foi grande. A família viveu horas de tensão e medo, além da dúvida sobre comunicar ou não à Polícia e efetuar ou não o pagamento do resgate, à medida que não conseguia contato com o filho, com os amigos ou com a namorada dele.

Que tal levantarmos uma discussão a respeito do tema?

Aumentando a freqüência

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Tem sido surpreendente o crescimento de freqüência aqui no Blog. Ao contrário do esperado, o período de Carnaval serviu para registramos mais um recorde: no dia 4 de fevereiro chegamos a 52 acessos. Hoje, até às 18h27, horário em que iniciei este post, foram 29 acessos. Gostaria de agradecer a todos os que têm nos visitado e pedir que façam sugestões para que possamos melhorar este espaço que é e pretende continuar sendo, o mais democrático e comunitário possível.
Não existe qualquer tipo de remuneração ao fazer o Blog. Ele se tornou um hobby que tem dado vazão a um digamos, “instinto criativo”, que há um tempo andava adormecido. Desde que começamos, primeiro com uma experiência para ambientação à ferramenta e depois, com a inserção de conteúdo, percebemos algumas curiosidades. Os números têm crescido e nos animado em buscar informações cada vez mais interessantes. Até agora foram 27 posts (incluindo este), com oito comentários feitos diretamente no Blog e criadas 12 categorias.
Os posts mais visitados individualmente ou que chamaram mais atenção dos leitores são “Cinco perguntas para…”, “Sobre comida e amigos”, os posts sobre São João da Barra e o Carnaval local e os relacionados com a expedição de Marcos Martinelli e Marcelo Antunes pela Transamazônica. Os motores de busca mais utilizados foram o Google e curiosamente o Orkut, onde foram inseridos – em perfis ou comunidades – trechos de alguns posts. Também existem acessos que vêm direto do Blog da Brasil Social. Outra coisa que chamou a atenção de nossos leitores foi o post com link para o vídeo da sátira a respeito dos hebreus no Egito. O vídeo está no Blog do jornalista Marcelo Bulgarelli, que pode ser acessado pelo menu ao lado.
Desde o começo tenho recebido e-mails de amigos incentivando a continuidade do Blog, que sempre informei, será atualizado na medida do possível, dependendo muito da disponibilidade de tempo. Só neste Carnaval foram mais de 20, com sugestões para sessões, textos ou vídeos encontrados na internet. Assim que puder avaliarei cada uma delas, mas peço que continuem incentivando e sugerindo. Houve até quem reclamasse a presença de Juca Bala, que mandou três mensagens no feriadão. Tentarei inseri-las até o final de semana.
No mais, caros amigos, quero apenas reforçar o agradecimento e pedir que continuem por aqui. Um grande abraço a todos.
(A imagem é uma reprodução do quadro de acessos fornecido pelo WordPress)

Quase on line

Vem de Pacajá, no Pará, breve mensagem dos nossos amigos viajantes que estão desbravando a Transamazônica, levando o projeto Cinema na Roça às famílias que foram em busca de riquezas, na época da construção da rodovia, a BR 230: “por aqui tudo corrido, mas tudo muiiiiiito bom. Falar de um Brasil esquecido e distante é fácil, mas o bom é ver isto de perto. Por aqui em Pacajá, passam umas duas mil motos (substituíram o cavalo por aqui), nenhum capacete e famílias inteiras na moto, tipo quatro: o motorista, ou melhor, o piloto corajoso, a esposa, de lado, como antigamente, um filho no meio dos dois e de pé e um bebê de colo, loucura total. Há uma aranha marrom no hotel. Não matei, a livrei no mato.”, escreve Marcos Martinelli.

SOBRE PACAJÁ

Criado a partir do Programa de Integração Nacional, do governo federal, na década de 70, o município conta hoje com pouco mais de 31 mil habitantes e um PIB – Produto Interno Bruto – per capta que oscila em torno dos R$ 3,7 mil. Só em 10 de maio de 1988 Pacajá se transformou em município, sendo parte da mesoregião de Altamira, estando a 600 quilômetros de Belém, capital do Pará.

As duas maiores “curiosidades” relacionadas à economia local se referem à uma reserva particular de Floresta Amazônica e ao número de cabeças de gado. As informações são de que a reserva, criada e mantida por um empresário, é de quatro mil hectares “intocados” o que teria dado um “salvo conduto perante à comunidade ambiental”. Curioso para uma cidade que registra plantel de 400 mil cabeças de gado. Impressionante!

Veja um pouco mais sobre a viagem de Marcos Martinelli e Marcelo Antunes no diário de bordo da dupla, com uma série de fotos interessantes.

Cinco perguntas para…

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Depois de passarem por Minas, chegarem à Brasília, conhecerem a exuberante beleza da Chapada dos Veadeiros em Goiás e se frustrarem ao não poderem conhecer a aldeia dos índios Avá Canoeiros em Minaçu-GO, nossos amigos Marcelo Antunes e Marcos Martinelli vão sentir na pele o calor e a umidade do Norte brasileiro e as dificuldades enfrentadas pelos imigrantes que há 38 anos partiram de vários cantos do Brasil em busca de riqueza na Floresta Amazônica. Eles chegaram em Marabá-PA, e agora estão, de fato na Transamazônica. Ainda não pegaram o lamaçal que encontrarão daqui a alguns dias. Neste trecho, a BR 230 ainda é asfaltada, mas em pouquíssimo tempo o Busão, nome que deram ao Land Rover que os transporta, vai se fartar com aquilo que mais gosta: lama, lama e mais lama.

Para se ter uma idéia do que espera nossos amigos, há notícias que uma cidades pelas quais eles passarão, Rurópolis, vive em função da rodovia. Ou melhor, dos atoleiros existentes na rodovia. Metade da pequena economia local é movida por gente que possui ou trabalha com tratores e veículos de tração. A atividade principal é desatolar quem tenta passar pelo trecho ou auxiliar aqueles que precisam transportar carga ou passageiros de um lado para outro. Tudo isso está relatado no Blog da dupla, que pode ser visitado clicando aqui. Quem quiser, pode conhecer um pouco mais do trabalho realizado pelos dois na Brasil Social e ainda, sobre o projeto Cinema na Roça que eles estão levando à Amazônia brasileira com a expedição Famílias da Transamazônica.

Dentro em breve nossos amigos deverão ser acompanhados por três canais de televisão, caso tenha se confirmado o que estava previamente combinado até a partida, no dia 19 de janeiro, do Rio. A previsão era de que seriam acompanhados por um canal francês, além do National Geographic e o Futura. Lá de longe, por e-mail, eles responderam às nossas cinco perguntinhas. Vejam aí:

Blog: Aonde vocês estão, neste momento?

Marcos e Marcelo: Em Marabá, Pará. Mudamos o trajeto e chegamos pela Belém-Brasília.

Blog: E quais as primeiras impressões a respeito da viagem? Vocês já fizeram algumas paradas, conheceram pessoas, realizaram uma sessão do Cinema na Roça e enfrentaram problemas com o carro. Tirando o susto com a correia, tudo está de acordo com o que vocês imaginaram?

Marcos e Marcelo: Conhecer lugares diferentes e pessoas realmente especiais tem sido um combustível extra para a expedição. Com o carro, nenhum susto a mais e a constatação do despreparo dos mecânicos que revisaram o carro. O problema com o alternador poderia ser evitado se apenas fizessem a revisão do mesmo de forma correta e substituído preventivamente os rolamentos, ao custo total de menos de 50 reais. O saldo, até agora de zero a dez, é 12. Uma pedra no caminho chamada Walter Sanches, chefe da Funai em Minaçu, que além de “embarreirar” nossa exibição do documentário feito sobre os Avá-Canoeiros, aos próprios, nos deixou falando sozinhos. Lamentável!!!

Blog: Qual foi o maior sufoco até o momento: a chuva até Belo Horizonte, o carro quebrado, se perderem no caminho para a cachoeira (foi qual mesmo?) ou teve algum outro que vocês ainda não relataram?

Marcos e Marcelo: Foi na cachoeira Rio dos Couros a confusão do caminho, mas até o momento só miudezas. O carro quebrado deu um bocado de trabalho e tensão durante todo um dia, pois retiramos a energia para os equipamentos do próprio veículo e o problema era justamente este. Tudo ficou pronto em cima da hora mesmo, faltando poucos minutos pra começar nossa primeira sessão. Nos bastidores, nem nos falávamos, só corrigindo e ajustando tudo. Caraca, foi um sufoco danado!

Blog: Durante a partida simbólica e no Blog, vocês disseram que as mensagens são importantes. O que sentem quando lêem os comentários da família e dos amigos?

Marcos e Marcelo: Nos emocionamos a cada entrada e lida de uma mensagem. A menor mensagem ou comentário empurra a gente pra frente com mais vontade e é referencial de carinho e atenção. Sua participação conosco nesta expedição é um exemplo destes sentimentos. Nosso muito obrigado

Blog: Daqui pra frente tudo deve ficar mais difícil, especialmente na Transamazônica. Vocês já receberam alguma notícia a respeito do percurso, sobre as condições da rodovia, por exemplo? O que vocês estão esperando para os próximos quilômetros?

Marcos e Marcelo: As notícias são várias. Perigo de assalto entre Marabá (PA) e Novo Repartimento, com a indicação de viajarmos em comboio e de dia, além de alguns locais intransponíveis, como depois de Humaitá (AM), mas não sabemos o real peso destas notícias. Uma coisa é certa: estamos nos acostumando com a chuva, pois ela está sempre por perto, desde a nossa saída. A não ser no dia, ou melhor na noite, da nossa exibição em Alto Paraíso. Pra começar com o pé direito.

(Foto: Marcelo Antunes – Brasil Social)

Agitos do Carnaval

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Que o Carnaval é uma tradição do brasileiro, não resta dúvida. De Norte a Sul, de Leste a Oeste o País pára em função do reinado de Momo. Que o Carnaval do Rio de Janeiro é o maior e mais belo do mundo, também não há mínima dúvida. No Norte do Estado do Rio, São João da Barra, também se agita, e por mais de uma semana. Não fosse o Espírito Santo, haveria festa o ano inteiro, dado a proximidade com a capital bahiana e o espírito despojado e alegre do povo.

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O Carnaval local é marcado por uma programação variada. Merecem destaque as festas privadas com venda de ingresso e acesso livre ao bufet, os desfiles dos chamados blocos de embalo, em que o folião participa com a alegria, disposição e com a aquisição dos abadás ou fantasias e as escolas de samba Congos e Chinês, uma espécie de Flamengo e Vasco do Carnaval local. Se é senso comum em praticamente o Brasil inteiro de que não se discute “futebol, política e religião”, em São João da Barra é necessário acrescentar um tema: a rivalidade entre as duas agremiações carnavalescas.

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Para se ter uma idéia de como são extremadas as relações, neste ano ambas optaram por caminhos diferentes em seus enredos, mas com o mesmo objetivo: homenagear empresas locais. Enquanto a escola de samba Chinês lembra o centenário da fábrica de bebidas Toquino, que produz o famoso conhaque de alcatrão, os Congos apostam no novo: a MMX, que se instalou neste ano e é responsável pela construção do Complexo Logístico do Açu, empreendimento que vem contribuindo com a retomada do desenvolvimento local no resgate da atividade portuária, uma tradição secular.

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Durante o ano inteiro mistérios e segredos cercam os barracões das duas agremiações, mas em cima do laço, não há mais o que esconder. Assim, o presidente dos Congos, Alexandre Rosa, concordou em antecipar o que sua escola levará para a passarela do samba nas noites de hoje e terça-feira, permitindo que fizéssemos algumas imagens. Sem exagero algum, guardadas as devidas proporções, pode-se comparar aos desfiles das grandes escolas do Rio.

(Fotos: Vito Diniz)

Rir é bom demais

baresprecial.jpgMarcelo Bulgarelli, jornalista apaixonado por cerveja, amigo e companheiro dos bons tempos, que agora vive em Maringá-PR, manda por e-mail um videozinho que está circulando pela internet, uma sátira à fuga dos hebreus do Egito. É hilário e vale a pena. Como não sei, ainda, postar vídeos aqui no Word Press, estou colocando o link para o Blog dele, o Bar do Bulga, que além desta possui outras coisas interessantes. Visitem e divirtam-se!

Uma ponta de inconformismo

Minaçu ficou para trás e nossos amigos Marcos Martinelli e Marcelo Antunes estão se encaminhando para o Tocantins. Uma ponta de inconformismo toma este post: nossos amigos não conseguiram realizar, na aldeia dos Avá Canoeiros, a sessão do “Cinema na Roça”, projeto que realizam no interior do Estado do Rio e que estão levando às famílias da Transamazônica. Sequer foram recebidos pelo chefe do escritório da Funai – Fundação Nacional do Índio, Walter Sanches, sob a alegação de “agenda cheia”. Só poderia recebê-los daqui a um mês e nossos viajantes não puderam nem mesmo entrar na reserva. Leia o relato deles no Blog da viagem.